Oração à Nossa Senhora da Piedade


Ó Maria,Ó Mãe fecundíssima de toda a piedade,pelas lágrimas que derramastes junto à Cruz do vosso Filho,pela dor que trespassou o Vosso coração amante junto à Cruz,donde por nós pendia morto o Vosso querido Jesus,dai-nos a verdadeira piedade na terra, a fim de que,unidos e sempre unidos a essa Cruz,atravessemos sãos e salvos esta pobre mansão de exílio,com os olhos fitos e sempre fitos no Céu.

Nossa Senhora da Piedade

Nossa Senhora da Piedade é aquela que recebendo o Divino Filho em seus braços, depois de sua morte trágica na Cruz, levou-o com os fiéis discípulos e piedosas mulheres até o sepulcro.

Foi sempre um tema muito procurado pela arte cristã que encontra nos episódios da vida de Jesus e de sua Mãe Santíssima os motivos para edificação, mais ainda, porque nos sofrimentos, encontram os cristãos, um grande consolo, verificando que eles são próprios ao caminho da perfeição, e se Deus os teve, com sua Mãe, não é demais que os mortais os suportem.

A mais remota representação da Senhora da Piedade em Portugal, foi pintada em madeira, que se encontrava numa das capelas do claustro da Sé em Lisboa.Nossa Senhora das Dores (também chamada Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário, Nossa Senhora do Monte Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto, e invocada em latim como Beata Maria Virgo Perdolens, ou Mater Dolorosa), sendo sob essa designação particularmente cultuada em Portugal.

O culto à Mater Dolorosa iniciou-se em 1221, no Mosteiro de Schönau, na Germânia. Em 1239, a sua veneração no dia 15 de Setembro teve início em Florença, na Itália, pela Ordem dos Servos de Maria (Ordem Servita). Deve o seu nome às Sete Dores da Virgem Maria:

A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35)

A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);

O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);

O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);

Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz – Stabat Mater (João, 19, 25-27);

Maria recebe o corpo do Filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61);

Maria observa o corpo do Filho a ser depositado no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).

Nossa Senhora das Dores surge representada sendo ferida por sete espadas no seu coração imaculado (algumas vezes uma só espada), dado ter sido trespassada por uma espada de dor, quando da Paixão e Morte de seu Filho, unindo-se ao seu sacrifício enquanto redentor e sendo por isso chamada pelos teólogos de Corredentora do Gênero Humano. É também seu símbolo o Rosário das Lágrimas (ou Terço das Lágrimas), com 49 contas brancas divididas em sete partes de sete contas cada.

Aparece também frequentemente representada com uma expressão dolorida diante da Cruz, contemplando o Filho morto (donde nasceu o hino medieval Stabat Mater), ou então segurando Jesus morto nos braços, após o seu descimento da Cruz.